terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Nádia Campeão - a nova vice-prefeita da cidade de São Paulo





Hoje, dia 1º de janeiro de 2013, tomou posse do cargo de prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad (PT), e sua vice-prefeita Nádia Campeão (PC do B). Eles governarão a cidade de São Paulo pelos próximos quatro anos.

Nádia Campeão nasceu na cidade paulistana de Rio Claro, tem 54 anos, é casada, mãe de dois filhos e formada em Agronomia. Ela ocupou a Secretaria de Esportes na Prefeitura de São Paulo no período de 2001 a 2004, indicada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), do qual é militante desde o ano de 1978. Quando aceitou a indicação de seu partido para ser vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad, Nádia Campeão exercia o cargo de presidenta Estadual do PC do B.

Nádia será a quarta mulher a ocupar um cargo executivo na prefeitura de São Paulo. A primeira foi a prefeita Luiza Erundina (19989 - 1992), depois a prefeita Marta Suplicy (2001 - 2004) e a última a vice-prefeita do Alda Marcoantonio (2009 - 2012).

Fico feliz que tenhamos mais uma mulher ocupando este que é um cargo tão importante, ainda mais que é Nádia Campeão, que conheço há vinte anos e sempre vi lutando, "fazendo política" ou articulações entre entre militantes, movimentos sociais, etc. Não é fácil fazer isto, principalmente quando se é mulher, porque muitos ainda acreditam que a mulher nasceu para cuidar do marido, dos filhos, do lar e que política é coisa para homem, como por muito tempo foi - você não se lembra que até pouco tempo atrás as mulheres nem ao menos podiam votar? - e para se fazer respeitada neste meio é preciso mostrar muita competência no que se faz, uma competência que as vezes precisa ser maior do que a de seus companheiros homens para ser tratada "como igual" em capacidade.

Parabenizo Nádia Campeão por esta vitória e espero que ela assim como nossa presidenta Dilma Rousseff, sejam lembradas sempre que uma mulher falar para seu marido e familiares que vai a uma reunião de partido, grupo de defesa das mulheres, associação de moradores, etc. Que Nádia e Dilma sejam exemplos para as pessoas que cercam esta mulher fiquem felizes, tanto por ela estar participando de algo que é bom para ela como lutando por uma causa nobre.

Quantas histórias escutamos de mulheres que encabeçam e participam de movimentos sociais, que só puderam participar ativamente da organização da causa que defendem depois que se separaram de seus maridos, que não aceitavam vê-las fora de casa cuidando de causas que não as diretamente ligadas a família? Quantas brigas com seus parentes não são relatadas por essas mulheres, que não são compreendidas por seus familiares por deixarem o lar algumas horas para participarem de uma reunião, coisa até aceitável para um homem mas inaceitável para uma mulher? Isso não pode continuar assim! Não se pode pedir para uma pessoa escolher entre a família e a militância, pois isso é cruel, desumano. É preciso conciliar as duas coisas, mas isso só será possível se houver apoio para que isto aconteça.    

É necessário que muito mais mulheres participem da política e exerçam  cargos políticos. É intolerável  que em um país onde mais de 50% das pessoas são mulheres, nem 10% dos cargos políticos sejam ocupados por elas. Competência para isso nós temos - eu também sou mulher - mas é preciso que se crie condições para que as mulheres possam participar da política e demonstrar sua força e capacidade.

Para quem pensa que mulher "não dá conta do recado", só uma pergunta:

- O que você acha da administração de nossa presidenta Dilma Rousseff?






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